Intenção é evitar que a EEEG sofra os mesmos estragos enfrentados atualmente por inúmeras unidades de conservação do país
A direção da Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba (EEEG), em São Francisco de Itabapoana, redobrou os cuidados contra os riscos de incêndios florestais. Diante do dramático quadro enfrentado pelas autoridades em todo o território brasileiro, com milhares de áreas ardendo em chamas, o esforço é para proteger a unidade especialmente até o início da temporada de chuvas, previsto para meados de outubro.
"Temos diariamente lavrado notificações preventivas contra incêndios e alertado a todos no entorno da unidade, para que evitem atividades como o uso do fogo em suas propriedades rurais", explicou a gestora da EEEG, Vânia Coelho.
A gestora explicou ainda que estão suspensas na unidade, neste período crítico, todas as atividades de pesquisas e também educacionais, como as rotineiras visitas de alunos de escolas da região.
No esforço para proteger a EEEG, a direção vem obtendo ajuda da prefeitura, que está cedendo pessoal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente para reforçar a vigilância feita pelos guarda-parques da unidade.
Administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEAe cercada por pequenas propriedades rurais, a EEEG, antiga "Mata do Carvão", foi criada por decreto estadual em dezembro de 2002. Possui 3.260 hectares, sendo o maior remanescente em território fluminense da chamada "Mata de Tabuleiros", uma formação que era comum de se encontrar nas florestas estacionais semideciduais costeiras entre a Bahia e o Rio de Janeiro à época do descobrimento do Brasil.
Com importância reconhecida até mesmo entre organismos internacionais que influenciaram na sua criação, a EEEG abriga exemplares da flora e fauna considerados raros e até mesmo ameaçados de extinção, como o jacarandá-da-bahia _(Dalbergia nigra),_ a peroba de Campos _(Paratecoma peroba),_ o papagaio Chauá _(Amazona rodocorytha)_ e o cabeça-encarnada _(Pipa rubrocapilla)._