Empreendimento interligando ramais ferroviários do Rio de Janeiro e Espírito Santo prevê conexão com o Porto do Açu
Está confirmada para a próxima quinta-feira (17), em Campos dos Goytacazes, uma reunião promovida pelo escritório da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro no Norte Fluminense (Firjan-NF), para debater as articulações em torno da construção da Estrada Ferroviária Vitória-Rio (EF 118). Projetado para cortar partes dos estados do Rio de Janeiro (RJe Espirito Santo (ES), interligando dois ramais, o empreendimento prevê conexão com o Porto do Açu, em São João da Barra (SJB), incluindo mais um modal para a chegada e escoamento de mercadorias na unidade.
Em uma entrevista a uma emissora de TV em Campos neste final de semana, o presidente da Firjan, Francisco Roberto de Siqueira, falou da importância da articulação dos representantes das entidades do setor produtivo da região em torno da garantia da construção da estrada de ferro.
"É de extrema importância a união de todos em torno da construção da estrada de ferro 118. Será uma obra fundamental para levar para o Porto do Açu, produtos de diversas partes do país para exportação, como a soja, e também receber os produtos que o Brasil importa, como os fertilizantes", exemplificou Francisco Roberto.
Segundo ainda o presidente da Firjan, no encontro, marcado para 17h, na sede da entidade, será elaborado um documento a ser assinado pelos representantes dos segmentos produtivos da região, destacando a importância da execução do projeto. "Queremos mobilizar todas as forças políticas da região para acionar as autoridades em Brasília e viabilizar esse importante empreendimento, que é a EF 118" , concluiu Francisco Roberto.
EF 118 - De acordo com o projeto, a EF 118 ligará Nova Iguaçu, na região metropolitana do Rio, a Cariacica, na Grande Vitória. Com 578 km de extensão, servirá ao Porto de Ubu (ES), ao Porto Central (ESe ao Porto do Açu (SJB-RJ). Vai conectar a malha da MRS Logística, em Nova Iguaçu, à Estrada de Ferro Vitória-Minas, da Vale. Será importante também para o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (COMPERJ), em Itaboraí.
No total, o projeto prevê seis túneis, 43 viadutos ferroviários, 130 pontes, 128 viadutos rodoviários, 117 passagens inferiores e 60 passarelas. Teve como diretriz evitar conflitos ambientais com as Unidades de Conservação Rebio União e Poço das Antas, além de minimizar conflitos socioeconômicos