O governador do Rio disse que seu vice optou por um caminho diferente
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), rebateu nesta sexta-feira (28), a decisão de seu vice, Thiago Pampolha (MDB), de se lançar candidato à sucessão estadual em 2026. Em entrevista ao Globo, ele reafirmou seu apoio ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), e argumentou que sua escolha não representa um “demérito” ao vice-governador, mas uma questão de coerência política.
"Ele não faz parte do meu grupo para que eu o apoie como governador. Preciso viabilizar meu candidato, que é o Rodrigo Bacellar. Não se trata de um demérito ao Thiago, nem de falta de capacidade, mas meu grupo político não pode entregar de bandeja a cadeira a alguém que não faz parte dele” afirmou Castro, antes do evento “Caminhos do Brasil”, promovido pelo Globo, Valor Econômico e rádio CBN.
O governador explicou que não critica Pampolha, mas destacou que seu vice optou por um caminho diferente ao mudar de partido e construir uma candidatura independente. Em 2024, Pampolha deixou o União Brasil e comunicou Castro sobre a decisão apenas na véspera da mudança. Segundo o governador, sua escolha como vice decorreu de um acordo partidário, e não de um alinhamento pessoal ou de grupo.
Diante do impasse, Castro admitiu que poderá abrir mão de disputar as eleições de 2026, caso Pampolha mantenha sua candidatura. Para concorrer ao Legislativo, ele precisaria deixar o governo até março, o que colocaria o vice no comando do estado.
“Se não houver entendimento entre os dois que são os candidatos, vai me caber ficar na cadeira até o final e não ser candidato a nada”. Sobre possíveis acordos para que Pampolha desista da candidatura, Castro disse que qualquer negociação deve partir do diálogo entre seu vice e Bacellar, sendo submetida a ele posteriormente.
“Os dois candidatos têm que tratar entre eles e vir me perguntar “você aceita essa negociação?”. Aí eu digo se aceito ou não. Minha posição é muito cômoda. Hoje, não tem nenhuma negociação que tenha chegado até mim. Eles devem estar conversando”.